domingo, 18 de dezembro de 2011

Outros como nós!

Vale a pena visitar este blog, ou se preferirem, acompanhar a respectiva conta de facebook. Tem informações interessantes sobre "Desordens do Processamento Sensorial"/"Disfunção de Integração Sensorial" e fornece dicas, ideias e ferramentas que nos podem ser úteis na nossa abordagem.
Boas visitas!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Treino Perceptivo e muito mais...

Treino de competências perceptivas é um dos trabalhos desenvolvidos com crianças em idade pré-escolar com atraso global de desenvolvimento. As dificuldades perceptivas são muitas vezes uma das causas dos problemas de desempenho de actividades pré-educacionais e condicionam fortemente a aprendizagem e consolidação das competências cognitivas.

Percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, através da qual se organiza e interpretam impressões sensoriais para atribuir um significado ao objecto/imagem. Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos - "os sentidos são as portas da inteligência" (http://www.clube-positivo.com/biblioteca/pdf/cerebro.pdf)
A percepção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos e está fortemente dependente da capacidade para manter a atenção.

Para a actividade terapêutica que aqui descrevemos necessitamos apenas de um cartão com vários círculos desenhados de dois tamanhos (grande e pequeno), e de um lápis de carvão afiado. A espessuratamanho do cartão, assim como dos cículos podem ser formas de graduar a actividade. Dependendo das necessidades e capacidades da criança para coordenar os dois lados do corpo (integração bilateral motora), também se pode fixar o cartão à mesa com um tapete anti-derrapante.
Depois de colocar o referido cartão em frente à criança, pede-se que varra todos os círculos (orientação/ progressão esquerda/direita; coordenação óculo-manual) fazendo com o lápis um ponto no seu interior (preensão, destreza, precisão). Pretende-se que associe a intensidade do ponto ao tamanho do círculo . Ou seja, se o círculo for pequeno, deverá fazer um ponto levemente, se o círculo for grande deve fazê-lo com força, de forma a furar o cartão.
A criança deverá ser capaz de repetir este procedimento até finalizar o cartão (memória, atenção e eventualmente, competências de coping :)).


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Novas formas de treinar o grafismo

Um dos problemas comuns a muitas das crianças com atraso de desenvolvimento global é a imaturidade ou dificuldade no grafismo. Estas dificuldades podem estar associadas a uma grande variedade de factores, mas independentemente da causa, o importante é que se trata de uma actividade muito significativa para a criança, sobretudo pela importância que representa para a aprendizagem da escrita e consequente desempenho nas actividades educacionais.


"Grafismo" por si só significa a elaboração de traçados preparatórios para a escrita, não necessariamente com significado (http://www.dicio.com.br/grafismo/). Mas para nós, terapeutas ocupacionais, é um conceito de grande complexidade, uma vez que engloba todo o desenvolvimento de competências sensório-motoras, cognitivas e até psicológicas necessárias à aquisição da escrita propriamente dita.
Na inauguração do tema das "Actividades Terapêuticas" mostramos uma ideia simples que temos usado como uma das formas de fazer treino de grafismo.
Trata-se de uma actividade em que se utiliza uma folha de papel manteiga de tamanho A3, com um percurso pintado a tinta guache com um pincel grosso. Depois de seco, este percurso deverá ser percorrido pela criança com lápis de cor.
Aspectos importantes:
  • o papel manteiga tem expessura e textura características. Pode-se optar pelo lado rugoso, que oferece maior resistência do que o papel normal, ou pelo lado lustroso que permite facilitar o traçado.
  • o percurso pintado com um pincel grosso cria limites pouco estreitos e definidos, aumentando a possibilidade de o completar com sucesso.
  • o tamanho da folha A3 permite fazer um percurso maior, cujo preenchimento obriga à realização de movimentos mais amplos e ao cruzamento da linha média.
  • a fixação da folha na mesa com fita-cola nos cantos pode ser uma estratégia útil para facilitar o desempenho de crianças com dificuldade em estabiliza-la com a mão não dominante.
  • o plano (vertica, horizontal ou inclinado) em que a folha é colocada também pode ser usado como forma de graduar a actividade. Num plano vertical, a criança tem habitualmente melhor coordenação óculo-manual e por isso maior facilidade em completar o precurso.
  • a cor utilizada e os elementos do percurso podem ser escolhidos de acordo com os interesses da criança, para que se sinta mais motivada.
Fica a ilustração de uma destas actividades. Esperamos que vos seja útil!




sexta-feira, 17 de junho de 2011

1, 2, 3... macaquinho do chinês!

Ah, ah.ah...
É assim que começamos com os meninos, foi assim que começámos com esta ideia!
A criação deste blogue foi um impulso, quase como aqueles que as crianças têm quando começam um jogo ou uma corrida.
Na sequência de uma das muitas conversas, comentários e observações que fazemos praticamente a toda a hora entre colegas de trabalho, surgiu a ideia de registar as actividades que vamos criando. Depois das actividades lembrámo-nos das técnicas, das informações sobre formação, eventos, dos livros... enfim, de tudo o que possa parecer útil e com interesse para todos os terapeutas como nós, ou interessados nos assuntos das crianças. E actualmente, não há melhor forma de registar e partilhar informação, do que esta.
O nosso objectivo é que a "Oficina do Brincar" seja um espaço onde se possa reunir e partilhar tudo o que possa ilustrar e caracterizar a abordagem da Terapia Ocupacional em pediatria.
Estamos cheias de expectativa, esperamos conseguir corresponder também às de quem nos visitar.